sexta-feira, abril 18, 2008



Caros Amigos,

Conforme prometido, cá estou para novamente postar alguns escritos meus. Como eu andava um tanto descuidado e levemente vulgar em alguns tópicos desenvolvidos, resolvi escrever sobre temas pertinentes e tentar aprofundá-los.
Hoje temos um texto que fala sobre vilania. Importante ler e identificar estes seres que nos envolvem e fazem grandes estragos às almas desprevinidas.
Boa Leitura!

Estudo sobre Vilania...

Discordo do grande dramaturgo clássico Sófocles, quando disse que somente o tempo poderia revelar-nos um homem bom, e que para identificar um perverso bastava um dia. Concordo que muitos homens que parecem bons só podem ser conhecidos com o tempo. Os vilões são seres terrivelmente sedutores e grandes artistas, são capazes de pronunciar sábias palavras recheadas da mais sutil estratégia para assim dar o golpe de misericórdia em suas vítimas desprotegidas.
Os verdadeiros PHDs em vilanice usam as ferramentas dos bonzinhos para atingir suas metas. Procuram desenvolver uma conversa agradável, envolvente, e se mostram incapazes de grosserias. Abraçam suas vítimas, moldam-se às situações com uma maestria que só os camaleões sabem desenvolver. Gesticulam bastante, seus olhares são firmes e vez em quando lágrimas despontam de seus olhos.
Na cabeceira de um vilão não pode faltar a obra prima de Maquiavel,“O Príncipe”, e a tragédia shakesperiana Otelo, cujo principal objeto de estudo não é o protagonista, mas o nosso admirável Yago. Pra quem não leu a obra e quer conhecer um pouco deste personagem tão carinhoso, cabe ressaltar que a partir de sua trama em busca do poder, o nosso Yago mostrou-se um respeitável e dedicado amigo de Otello, conseguindo tocar no ponto mais frágil do homem: sua mulher Desdêmona. Tanto fez que conseguiu despertar no pobre o veneno do ciúme, tirando assim de seu caminho o suposto amante, que desfrutava da posição que ele tanto almejara.
Um vilão, na maioria das vezes, tem sempre um cupincha, um funcionário puxa saco que pratica as maldades mais vulgares, deixando para o mestre o prato principal. Existem várias modalidades de assessores de canalhice; os boateiros, os espiões, os ambiciosos, as secretárias,os asessores e por aí vai uma interminável lista que nem caberia no papel. Mas, como eu ia dizendo, estes funcionários fazem o trabalho pesado, deixando para o mestre o reparo final Vamos a um exemplo prático: Fernando I, um imperador famoso, tinha como fiel escudeiro, Paulo. Fernando amava com tal fervor seu país que resolveu sugá-lo gota a gota. Sim, ele, o Imperador, também era um vampiro. Paulo tinha a função de raptar, abiscoitar as vítimas e entregá-las para sua majestade.
Para o Imperador bastava o sangue vivo, o néctar da hora. Um dia, a verdade chegou a tona e quem teve de sofrer a fúria dos Deuses? Fernando com a astúcia da vilania, refugiou-se noutro Reino e agora está de volta, os vampiros são imunes aos simples mortais. Paulo foi queimar no fogo do Reino de Hades.
Há casos onde o cupincha supera o mestre, quem não lembra de Frankestein? Entretanto, nesta modalidade de vilania a maior incidência acontece entre as mulheres –as esposas submissas, que num grande jogo de estratégia sutil e perniciosa, são capazes de arrancar até a alma dos esposos: fabricam herdeiros, falsificam assinaturas, fingem orgasmo e vão à igreja regularmente.
Sim, trata-se de um tema antigo, mas que renova-se ao longo da história: os avanços tecnológicos comprovam a tese: fabricam-se vírus, invadem-se computadores alheios, roubam-se órgãos, manipulam-se cérebros através dos meios de comunicação, e muitas outras coisas esdrúxulas.
Muitos hão de perecer com artimanhas, golpes e confiscos de toda sorte, e afim de conhecimento ficamos com os dizeres do mestre Yago, ao explicar o desenrolar de sua, e por que não?- de toda trama maléfica - “...já começa o veneno a produzir o seu efeito: ao princípio apenas fere os lábios, mas depois, como torrente de lava, queima as entranhas...”(Otelo, de Shakespeare)

5 Comments:

Blogger Simone Leite Gava said...

Oi amigo!

Estava pensando...
Queria falar sobre a raiva.
Tenho levado a minha vida assim, um tanto que controlada, talvez eu posa até dizer que premeditamos nossos passos, e sempre para o bem.
Caminhos que nadamos, terra que pisamos com passos fortes deixando a marca das nossas frustrações, para muitas vezes não descontar em ninguém...
Então nossas marcas vão ficando dentros de nós e muitas vezes, não nos causa dano algum. Mas elas estão lá.
Dizer que basta um dia... Isso é loucura.
Posso dizer quando explodimos, explodimos por uma batalha perdida, e por nossas frustraçõs e incompreensões...
E queremos ser o vilão SIM, pois já nos rotulam, somos marcados sem merecer, não tanto aquele vilão cruel de querer ver o sangue, NÃO.
Mas aquele que ri descaradamente quando o inimigo cai, e seria bom virar as costas e nem oferecer a mão para ele se levantar.
De algum modo, acumulamos nosso lixo mental. Pois tudo se forma na mente e toma forma no corpo.
Dominío, queria não tê-lo, mas é necessário e sempre cultivo...
Meu amigo, aqui me desabafo, me entrego, jogo nestas palavras a minha ira.
Mas me controlo, e deixo reinar o meu amor por ti.

Deus te abençõe sempre


Simone Leite Gava

21 agosto, 2008  
Blogger Simone Leite Gava said...

Oi amigo!

Estava pensando...
Queria falar sobre a raiva.
Tenho levado a minha vida assim, um tanto que controlada, talvez eu possa até dizer que premeditamos nossos passos, e sempre para o bem.
Caminhos que nadamos, terra que pisamos com passos fortes deixando a marca das nossas frustrações, para muitas vezes não descontar em ninguém...
Então nossas marcas vão ficando dentro de nós e muitas vezes, não nos causa dano algum. Mas elas estão lá.
Dizer que basta um dia... Isso é loucura.
Posso dizer quando explodimos, explodimos por uma batalha perdida, e por nossas frustraçõs e incompreensões...
E queremos ser o vilão SIM, pois já nos rotulam, somos marcados sem merecer, não tanto aquele vilão cruel de querer ver o sangue, NÃO.
Mas aquele que ri descaradamente quando o inimigo cai, e seria bom virar as costas e nem oferecer a mão para ele se levantar.
De algum modo, acumulamos nosso lixo mental. Pois tudo se forma na mente e toma forma no corpo.
Dominío, queria não tê-lo, mas é necessário e sempre cultivo...
Meu amigo, aqui me desabafo, me entrego, jogo nestas palavras a minha ira.
Mas me controlo, e deixo reinar o meu amor por ti.

Deus te abençõe sempre


Simone Leite Gava

Apague o outro, errei algumas palavras...

21 agosto, 2008  
Blogger HAMILTON BRITO... said...

Oi companheiro, gostei dos teus textos.Todavia...diabo, sempre um todavia, um contudo.Alguém já disse que,mesmo não concordando com o que vc diz, daria a propria vida na defesa do seu direito de dizê-lo. Mas é bom nao exagerar.
Vc diz: ëxistem várias modalidades de assessores de canalhice¨:¨...secretárias, assessores...¨
Vote, procurei buscar uma explicação até fora do contexto mas não achei. Não entendi e creio que vc se enganou; conheço tantas secretárias e todas dígnas.

21 outubro, 2008  
Anonymous Anônimo said...

displacement pure resilience enriched responders scope verbi bungalow lamented gsitapoorv specified
semelokertes marchimundui

22 dezembro, 2009  
Anonymous Zênia de León said...

Meu caro Charlie
Quando li teu primeiro poema me deu vontade de gritar Bravos!
Aí, quando li os outros, não tive mais palavras que expressassem o sentimento do primeiro instante. Todos são tão bons, tão verdadeiros!
Vale repetir Bravos|! Bravos! Bravos!
Muita facilidade de expressão do interior, continua, em breve estarás editando teus versos em livros.
Abraços fraternos

24 maio, 2010  

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