sexta-feira, maio 14, 2010


Meias, Metades...


Está bem. Certo está que tudo fora do lugar se encontra. Todas as contas de ontem e de hoje e as contas de amanhã também. Tudo bem. Tudo bem? Não existe equilíbrio quando descarrila o trem. Não tem sossego nem boa sorte, quando não se sabe se vai para o sul ou para o norte. Não tem. Cansei de meias verdades, de meias palavras, meias promessas. Cansei das meias encardidas, das metas não cumpridas. Cansei de meia lua, quero lua inteira, aquela que faz vulto e brilho no céu. Cansei de ser seu, cansei de ser eu, cansei de cansar.
Onde quer que vás, não vá pela metade, vá inteiro. Ame inteiro, beije inteiro, sofra inteiro, coma inteiro e seja íntegro na sua inteireza. Coloque as cartas sobre a mesa e não blefe jamais. Não existe meio poema, meio amor, meio sonho, meio sorriso. Tudo que é meio nos dá medo, nos mumifica, nos mascara, nos justifica a miséria!
A única coisa pela metade que vale a pena é a entrada no cinema.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

grande escritor. fui teu aluno no curso de dicção! lembra?
poxa, muito bonito mesmo teus textos.
Pablo

25 maio, 2010  

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