segunda-feira, junho 07, 2010


Pequeno Colóquio sobre a dor


Como dói a vida, às vezes. Como ela dói fundo e nos afunda, e nos afunila, nos deixa pequenos...Como dói saber que as pessoas torcem por sua dor, que elas jogam salmora nas tuas feridas, como dói ser mal interpretado. Como dói saber que a tua dor causa riso nos outros, que a tua dor é só tua e que todos estão ocupados em viver as suas vidas...Dói muito saber que algumas dores não tem remédio, que elas vão preencher um espaço eterno no nosso coração. Dói ser rejeitado, dói ser julgado, dói ser escravo da própria dor. Dói doer. Dó ninguém tem.

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Doei minha vida errante a ti, mulher infante e desprovida de ternura!
Doei o que podia doar, o que talvez fosse além do que sustenta meu edifício
Doei o sangue que mal corria nas minhas veias, minhas candeias, meus escritos e meus precipícios.

5 Comments:

Anonymous Anônimo said...

sublime

09 junho, 2010  
Anonymous Anônimo said...

lembro daqueles grandes poetas do romantismo
sabrina

09 junho, 2010  
Anonymous Anônimo said...

foste casado com clarice lispector?

09 junho, 2010  
Anonymous Anônimo said...

Tu é F* Charlie!!

Grande abraço

Christian Araújo

17 junho, 2010  
Anonymous letizia said...

parabéns amigo, também tenho me dedicado a literatura, um abração e que todas as belas escritas continuem assaltando-te a mente!

17 junho, 2010  

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